Como encontrar o equilíbrio no avanço da tecnologia e gestão de backlog

Como encontrar o equilíbrio no avanço da tecnologia e gestão de backlog


O uso da tecnologia e investimento em novas soluções é um fator indispensável para o desenvolvimento de uma organização, porém, por trás destas decisões, permeia um grande desafio: de que forma responder às demandas e provocações de inovação que a companhia, os investidores e o mercado trazem – muitas vezes derivada da concorrência, e ao mesmo tempo,  conseguir se organizar e lidar com esses novos projetos, sem perder a gestão das questões operacionais e práticas do seu negócio?

A nossa disposição, existe um ilimitado número de ferramentas que prometem facilitar a organização da nossa rotina. Seja no entretenimento ou no trabalho, elas existem para ajudar a resolver todo e qualquer problema. No mundo dos negócios, muitas já são utilizadas como mecanismo de controle e metodologia de trabalho.

No mercado de Tecnologia da Informação, a mais utilizada é o Scrum, com aplicação em gestão e planejamento de software. Ela é considerada ágil pelos usuários, e funciona dividindo os projetos em ciclos chamados de Sprint. Dentro de uma espécie de caixa, está o conjunto de atividades que serão desenvolvidas no período de um mês pela equipe. Também vastamente utilizado nesse meio, há o método Kanban, que permite o acompanhamento das tarefas de maneira que, em um mural, fica estampado todo o movimento do trabalho.

Mas para chegar à execução das tarefas, existe uma fase anterior, o planejamento. Quais são as funcionalidades que serão implantadas? Qual é o tempo de entrega? Quanto tempo se leva para desenvolver? Tudo isso deve estar devidamente delimitado para não inviabilizar o projeto. E é aqui que entra um conceito importantíssimo, o backlog, que é basicamente a “lista de afazeres” de uma empresa, ordenada pela prioridade das ações. Em outras palavras, trata-se de uma lista de requisições de clientes com problemas a serem resolvidos, e nela está registrada a data de entrada e, como numa lista de espera, aqueles prazos sempre muito apertados para o TI.

E agora, como equilibrar esta balança? De um lado, é necessário tocar o negócio, ao mesmo tempo, se precisa atender às demandas de transformação digital. A falta de equilíbrio faz com que nenhum dos seus objetivos consiga atingir o seu maior potencial: o negócio se verá limitado sem o auxílio da tecnologia, e a tecnologia implementada sem resultados práticos, é um investimento inócuo.


Como gerenciar o backlog?

Em meio à ânsia de solucionar os ruídos, o pensamento natural é atuar em cada situação seguindo a linha do tempo, mas não é bem assim. Algumas interações podem durar muito tempo, o que vai deixar em aberto a maior parte das demandas. Por isso, é preciso gerenciar.

Rodrigo Tassinari, CTO da empresa brasileira Nuuvem, distribuidora de jogos digitais para os sistemas operacionais Windows, macOS e Linux, em uma recente entrevista concedida à nossa equipe, falou um pouco sobre a complexidade de se organizar o backlog:

“A gente tem para cada funcionalidade que está no backlog, uma pontuação bastante simples: small, medium, large, e extralarge, como se fossem tamanhos de camisa, e que consideram o impacto dessa funcionalidade em algumas áreas específicas como “eficiência interna”, “área estratégicas”, “eficiência externa”, tudo isso é pontuado no eixo “y”, e no eixo “x” a gente aponta o custo estimado de produzir aquilo ali.”, explica.


Ou seja, o backlog exige uma manipulação organizada de variáveis para que o projeto seja desenvolvido e aprimorado, de maneira consistente, sem perder de vista o cumprimento dos prazos. Por isso, a primeira coisa a ser feita a partir da lista de requisições é a organização por ordem cronológica.

Aliado à agenda do pedido, deve estar o índice de complexidade de cada tarefa. E esse é o ponto chave de um backlog eficiente. Analisar a complexidade e dividir o trabalho para que o cliente que demanda uma funcionalidade mais complexa não espere tanto, mas que também não seja esquecido, em detrimento das resoluções mais simples e rápidas de serem desenvolvidas.

Em meio a tantas variáveis, ainda aparecem as urgentes e os projetos novos:

“Temos uma outra pontuação ali de urgência, que a gente pode utilizar para alguma coisa fora do normal, existem pesos para cada uma, que são definidos de acordo com a estratégia a empresa. Por exemplo, agora a gente está priorizando certas coisas para uma plataforma nova, e não para as mais antigas, isso gera uma pontuação de 0 a 100 e pronto: está dada a nossa prioridade.”, completa Tassinari.


Como se pode ver o ciclo de definição de prioridades de um backlog é complexo. Mas para isso, a própria tecnologia dispõe de muitas ferramentas que facilitam o gerenciamento de projetos, nas mais diversas áreas. Tassinari conclui  apresentando as soluções encontradas pela empresa Nuuvem:

“Trabalhamos com uma mistura de Kanban com Scrum, basicamente um Kanban onde a gente faz as interações semanais. Então hoje, segunda-feira, a gente fez de manhã nosso planejamento da semana, estimamos tudo que vamos entregar na sexta-feira. Aí na sexta entregamos, fazemos a revisão e a retrospectiva.”

Rodrigo Tassinari foi um dos nossos entrevistados no CTOTalks e lá nos explicou, com detalhes, de que forma tem conduzido as rotinas de trabalho e demandas de tecnologia na empresa Nuuvem, que já conta com um catálogo de mais de 4.000 jogos de empresas como Warner Brothers, Ubisoft, Take 2, Konami, Rockstar, entre outras.

CLIQUE AQUI se deseja conhecer esta entrevista na íntegra

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