Os impactos da difusão da Inteligência Artificial na educação de nível médio

Os impactos da difusão da Inteligência Artificial na educação de nível médio

Com o advento da pandemia causada pela Covid-19, estudantes e educadores de todas as partes do mundo sofreram com o fechamento das instituições de ensino.  Mas será que todos os países foram afetados igualmente? Segundo relatório “The State of the Global Education Crisis: A Path to recovery” realizado em dezembro de 2021 pela UNESCO, embora o prejuízo ao ensino tenha ocorrido de maneira generalizada, alguns países tiveram melhor desempenho educacional que outros por implementarem, rapidamente, sistemas de tecnologia como inteligência artificial em resposta à crise que se instalava. 

Neste relatório, ficou clara a forte tendência da implementação de metodologias tecnológicas no ensino, tanto para reverter os prejuízos acumulados durante a pandemia, como para incentivar os alunos no processo de adquirir conhecimentos, especialmente no que diz respeito à adoção da inteligência artificial no sistema de ensino, assim resultando em um novo conceito de avaliação. 

Neste artigo, entenda como a inteligência artificial pode impactar na educação do nível médio dos brasileiros. Além disso, observe como essa tendência tem se fortalecido, a exemplo dos principais países e empresas que a têm adotado no fortalecimento do aprendizado personalizado. 

IA na automação do ensino


Grandes empresas baseadas em inteligência artificial têm estudado e desenvolvido ferramentas de IA na área do ensino ao longo dos anos. A IBM, grande instituição referência em informática, é um forte exemplo disso. Em 2019, em conjunto com um dos maiores grupos de educação do mundo, a Pearson, a IBM transformou sua IA em um tutor de facilitação de aprendizagem.

Essa ferramenta personaliza as experiências digitais de acordo com cada perfil de estudante. Sendo assim, além de auxiliar o aluno de forma mais assertiva na absorção de conteúdo, também serviu para os professores entenderem como ajudar ainda mais os alunos, de acordo com os dados coletados pela IA. 

O uso da inteligência artificial tem sido aplicado desde o ensino básico, como um brinquedo de dinossauro que incluía a IA Watson para auxiliar o desenvolvimento cognitivo das crianças, até o ensino médio. 

A China em 2020, por exemplo, começou um teste usando uma headband para monitorar o nível de concentração dos alunos durante a aula. O intuito era ajudar os professores a aprimorarem suas instruções a partir dos dados coletados por essa IA.

Sendo assim, embora tenham surgido alguns questionamentos acerca da privacidade e geração de dados a partir dessa tecnologia, cada vez mais as empresas de IA e da área de educação têm investido em instrumentos para inserir a tecnologia no ambiente acadêmico dos alunos. 

No Brasil, segundo relatório da UNESCO junto ao MEC de 2021, foi apresentado a importância da IA na educação técnica de nível médio, bem como a forma de preparar a infraestrutura para a incorporação desse projeto, com as seguintes sugestões:

  • 1. Ampliação de oferta de conteúdos de IA no itinerário da educação profissional a partir de uma reforma do ensino médio;
  • 2. Incorporação da programação e análise de dados e gráficos no desenho curricular de todos os cursos técnicos de nível médio;
  • 3. Oferta de cursos de especialização nas atividades ocupacionais que dizem respeito ao aspecto técnico da IA;
  • 4. Oferta de cursos para ocupações que serão mais ou menos impactadas pela IA, de modo a evitar a defasagem e exclusão do mercado de trabalho.

Inteligência artificial e a curadoria de conteúdos educacionais


A curadoria de conteúdos educacionais é outro processo importante dentro do sistema educacional. Segundo artigo publicado por David James Clarke IV, a pesquisa e compartilhamento de conteúdos educacionais podem ser facilitados usando ferramentas de IA corretas.

Para Clarke, a IA, deve ser direcionada para fontes de informações corretas e confiáveis. E assim, pode acelerar o processo de coleta de conteúdos que serão passados para os estudantes. Após essa triagem de material, a IA também pode ajudar a criar análises que indicam, por exemplo, a eficácia do material, avaliação dos estudantes, uso bruto do banco de dados, compartilhamentos e likes deixados em fontes específicas. Além disso, é possível avaliar o nível de compreensão do estudante.

Além da IA funcionar como uma ferramenta “concentradora” de recursos educacionais, ela também pode entregar conteúdos personalizados a depender do perfil de cada estudante. Dessa forma, todos esses recursos ajudam no processo de aprendizagem dos jovens e os incentiva a estudarem, atrelando inovação e tecnologia com o conhecimento tradicional. 

Por fim, embora a IA ajude na aprimoração da curadoria de conteúdo educacional, também é necessário pensar em estratégias que façam o estudante sair da sua zona de conforto de interesse. Para que dessa forma, ele possa conhecer e aprender muito mais do que normalmente ele teria acesso. 

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